sábado, 6 de junho de 2020

Intubação Endotraqueal




A Intubação Endotraqueal é caracterizada pela necessidade de introdução de um tubo pela boca ou nariz, nas vias aéreas para manter a ventilação em curso no caso de impossibilidade do indivíduo fazê-la espontaneamente. São procedimentos que podem apresentar várias complicações como: Laringoespasmo, laceração, aspiração, intubação endobrônquica ou esofágica, perfuração da Orofaringe, da traquéia ou esôfago, dentre outras que requerem intervenção para manutenção da Vida (IRWIN e RIPPE, 2007).

É realizada em situações de emergência como no edema de glote ou eletivamente, como nas cirurgias que se necessitam de anestesia geral, insuficiência respiratória aguda ou ventilação inadequadas e proteção das vias aéreas em um paciente com depressão do nível de consciência.

Em suma ela é realizada a fim de se desobstruir as vias aéreas do paciente, quando este possui dificuldades respiratórias que não podem ser tratadas por meios simples. É um procedimento que é realizado pelo médico, ao enfermeiro compete o procedimento de intubação endotraqueal somente em situações emergenciais, com risco iminente de morte do paciente, ausência de profissional que detém a questão privativa da ação, respeitada a competência e habilidade do profissional enfermeiro, este tem amparado pelo Código de Ética em seu artigo 33 para realização do procedimento.

Os materiais a serem utilizados são:

  • ·         Cânulas endotraqueais, existem diversas numerações que precisam estar em mãos e perguntar ao médico qual a mais propícia para o procedimento;
  • ·         Cânula orofaríngea (guedel);
  • ·         Intermediário de silicone;
  • ·         Fonte de vácuo;
  • ·         Fonte de oxigênio;
  • ·         Frasco de aspiração (vidro coletor);
  • ·         Extensor ou intermediário de aspiração;
  • ·         Umidificador O2;
  • ·         Ventilador mecânico, circuito e filtro;
  • ·         Conjunto de laringoscópio;
  • ·         Luvas de procedimento; 1 de 3
  • ·         Seringa;
  • ·         Mandril ou fio guia;
  • ·         Xylocaína em gel;
  • ·         Óculos de proteção;
  • ·         Máscara descartável;
  • ·         Cadarço;
  • ·         Ambu;
  • ·         Sonda de aspiração;
  • ·         Soro fisiológico 0,9% de 10 ml;
  • ·         Gase;

Etapas do procedimento


  • ·         Higienizar as mãos.
  • ·         Preparar material e ambiente.
  • ·         Paramentar-se adequadamente.
  • ·         Explicar ao paciente/família os benefícios e objetivos do procedimento.
  • ·         Testar o ambú e fonte de oxigênio.
  • ·         Montar, testar e calibrar o ventilador mecânico e colocá-lo em modo de espera.
  • ·         Testar a rede de vácuo e deixar sistema de aspiração para pronto uso.
  • ·         Assegurar ausência de próteses dentárias no paciente.
  • ·         Testar o laringoscópio (luz).
  • ·         Testar o balonete do tubo oro endotraqueal com a seringa e assegurar sua integridade.
  • ·         Lubrificar a ponta do balonete do tubo com xylocaína gel.
  • ·         Posicionar o paciente em decúbito dorsal, cabeceira 0º, sem travesseiros.
  • ·         Manter assepsia durante todo o procedimento.
  • ·         Administrar os medicamentos solicitados pelo médico.
  • ·         Realizar a pré-oxigenação do paciente. Utilizar o guedel se necessário.
  • ·         Realizar extensão leve da cabeça.
  • ·         Colocar o fio guia no lúmen do tubo oro endotraqueal.
  • ·         Aguardar o médico realizar a laringoscopia: utilizar a lâmina do laringoscópio penetrando pelo lado direito da boca (lâmina curva (valécula) ou lâmina reta levantar epiglote). Rechaçar a língua para a esquerda e para cima no campo do médico. Realizar o tracionamento ântero-superior do laringoscópio.
  • ·         Apresentar o tubo para o médico. Realizar a tração da comissura labial direitarealizar a pressão do cricóide se necessário.
  • ·         Após a intubação imediatamente insuflar o balonete.
  • ·         Conectar o ambú e aguardar o médico realizar as confirmações (cinco pontos: epigástrico, bases e lóbus superiores; expansão torácica).
  • ·         Fixar o tubo com cadarço.
  • ·         Conectar o ventilador mecânico.
  • ·         Verificar sinais vitais, oximetria de pulso e pressão do cuff.
  • ·         Caso haja insucesso na tentativa de intubação, retornar para a pré-oxigenação.
  • ·         Recolher o material.
  • ·         Higienizar as mãos.
  • ·         Providenciar radiografia de tórax.
  • ·         Anotar o procedimento realizado registrando intercorrências. 

Cuidados de enfermagem

  • Higienizar as mãos;
  • Preparar material e ambiente:
  • Usar EPI;
  • Explicar ao paciente/ familiares o procedimento a ser realizado;
  • Testar ambu e fonte de oxigênio;
  • Montar, testar e calibrar o ventilador mecânico colocando-o em modo de espera;
  • Testar rede de vácuo;
  • Testar laringoscópio;
  • Testar balonete do tubo orotraqueal fazendo uso de seringa a fim de assegurar sua integridade;
  • Lubrificar a ponta do balonete do tubo com xylocaína em gel;
  • Posicionar paciente em decúbito dorsal, sem travesseiros e cabeceira 0º;
  • Retirar próteses dentárias, e se necessário realizar aspiração de secreções na cavidade nasale oral;
  • Realizar oxigenação a fim de prevenir hipoxemia antes da intubação, a oxigenação adequada com ambu deve ser mantida até a obtenção de uma via aérea artificial;
  • Administrar medicação solicitada pelo médico;
  • Verificar grau de sedação através da escala de Ramsay e da escala e RASS para agitação e sedação;
  • Colocar fio guia no lúmen do tubo endotraqueal;
  • Realizar extenção leve da cabeça;
  • Aplicar pressão na cartilagem cricóide, se solicitado;
  • Após inserido e posicionado o tubo endotraqueal, confirmar local e oxigenar o paciente com 100% de O2.
  • Observar o padrão respiratório do paciente constantemente;
  • Após a intubação inflar imediatamente o balonete;
  • Conectar o ambu  e esperar o médico realizar as confirmações (cinco pontos: epigástrico,  bases e lóbus superiores; expansão torácica);
  • Fixar o tubo com cadarço;
  • Conectar ventilador mecânico;
  • Verificar sinais vitais, oximetria de pulso e pressão do cuff;
  • Recolher material;
  • Providenciar radiografia de tórax;
  • Manter cabeceira elevada de 30ºa 45º a fim de se evitar bronco aspiração e pneumonia associada a ventilação mecânica;
  • Anotar procedimento realizado.





Fonte:

https://www.portalenf.com/2016/10/entubacao-endotraqueal-os-cuidados-enfermagem/

https://enfermagemilustrada.com/o-que-e-uma-intubacao-endotraqueal/

http://www.hu.ufsc.br/pops/pop-externo/download?id=291

https://enfermagemflorence.com.br/quais-sao-os-cuidados-de-enfermageintubadom-com-paciente-/

O

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Indicação: Parada cardíaca, FV/TV sem pulso, AESP, assistolia. Pode ser utilizada em infusão contínua como suporte hemodinâmico. Bradicard...