segunda-feira, 8 de junho de 2020

Adrenalina


Indicação: Parada cardíaca, FV/TV sem pulso, AESP, assistolia. Pode ser utilizada em infusão contínua como suporte hemodinâmico. Bradicardia com hipotensão sintomáticas que não responderam a atropina ou marcapasso.

Ação:

Dose: ; 1 mg (1:10.000) a cada 3-5 min em bolus EV (ou 2-2,5 mg via TOT) durante as manobras de reanimação. Para uso como infusão contínua, a dose é de 2-10 µg/min.

Efeitos colaterais: Angina, arritmias cardíacas, precordialgia, flush, hipertensão, aumento do consumo de oxigênio miocárdico, palidez, palpitações, morte súbita, taquicardia, vasoconstrição, ectopias ventriculares. Ansiedade, tonturas, cefaleia, insônia, vertigem. Xerostomia, náusea, vômitos. Retenção urinária aguda em pacientes com obstrução do fluxo vesical. Tremores, astenia. Dor ocular, irritação ocular, precipitação ou exacerbação de glaucoma de ângulo fechado. Fluxo sanguíneo renal e esplâncnico reduzido. Dispneia, sibilos. Diaforese.


Levosimendan


 

Indicação: tratamento a curto prazo de descompensação aguda da insuficiência cardíaca crônica grave em situações em que a terapia convencional não é suficiente, e em casos em que suporte inotrópico é indicado.

Ação: Exerce efeito inotrópico ao aumentar a sensibilidade da troponina C ao cálcio e ativa os canais de potássio dependentes do ATP nas paredes vasculares das artérias causado vasodilatação.

Dose: dose máxima diária teórica é de 0,3 mg/kg.

Efeitos colaterais: dor de cabeça, hipotensão, arritmias (fibrilação atrial, extra-sístoles, taquicardia atrial, taquicardia ventricular), isquemia do miocárdio, hipocalemia e / ou náuseas.

 


Vasopressina


Indicação: na prevenção e no tratamento de distensão abdominal pós-operatória, em radiografia abdominal para evitar a interferência de sombras gasosas, no diabetes insipidus, na hemorragia gastrointestinal, na ressuscitação cardiorrespiratória, no tratamento da fibrilação ventricular refratária à desfibrilação elétrica, na assistolia e atividade elétrica sem pulso e no choque séptico.

Ação: hormônio com efeito anti-diurético e vasopressor. Possui também ação hemostática, efeitos na termorregulação e é um secretagogo do hormônio adrenocorticotrópico.

Dose: Adultos

 

Distensão abdominal

 

Dose inicial: 5U (0,25ml), IM ou SC, em intervalos de 3 ou 4hs, se necessário.

 

Dose de manutenção: 10U (0,5ml), IM ou SC, em intervalos de 3 ou 4hs, se necessário.

 

Radiografia abdominal

 

Dose usual: 10U (0,5ml), IM ou SC, 2 horas antes do procedimento. Seguida de 10U, IM ou SC, 30min antes da exposição aos filmes.

 

Diabetes insípidus

 

Dose usual: 5 a 10U, IM ou SC, 2 a 3 vezes ao dia, se necessário

 

Hemorragia gastrointestinal

 

Dose usual: 0,2U/minuto, EV, deve ser aumentada a cada hora de 0,2U/minuto, até que a hemorragia seja controlada.

 

Dose máxima: 1U/minuto

 

* Após 12 horas de controle da hemorragia, a dose pode ser reduzida à metade, e pode ser interrompida dentro de mais 12 – 24 horas

 

Choque Séptico

 

Dose usual: 0,01 a 0,04 U/minuto, EV, durante 24 a 96 horas

 

Fibrilação ou taquicardia ventricular refratária a ressuscitação cardíaca

 

Dose usual: 40U, EV em PCR, 1 única vez, seguida de bolus de 20ml de água destilada ou soro fisiológico.

 

Crianças

 

Diabetes insípidus:

 

Dose usual: 2,5 a 5U (0,125 a 0,25ml), IM ou SC, a cada 6 a 8hs.

 

Dose usual: 0,001 a 0,003 U/kg/hora, EV, (pós operatório)

 

Hemorragia gastrointestinal:

 

Dose usual: 0,01U/Kg/minuto

 

ALERTA

​A vasopressina pode ser utilizada por via intravenosa, porém devido ao risco de necrose decorrente de extravasamento, é preferível a utilização de uma veia central.

Efeito colateral: Anafilaxia, palidez perioral, arritmias, diminuição do débito cardíaco, angina, isquemia do miocárdio, gangrena, cólicas abdominais, náusea, vômito, eliminação de gases, tremor, vertigem, sensação de “pulsação” na cabeça, constrição brônquica, sudorese, urticária, gangrena cutânea. Reações alérgicas locais ou sistêmicas podem ocorrer de acordo com a sensibilidade individual.

 

Noradrenalina


Indicação

controle da pressão sanguínea em determinados estados hipotensivos agudos e como adjuvante no tratamento da parada cardíaca e hipotensão profunda. Indicado para controlar a pressão sanguínea em certos estados hipotensivos agudos, em situações como feocromocitomectomia, simpatectomia, poliomielite, infarto do miocárdio, septicemia, transfusão sanguínea e reações a medicamentos.

Além disso, também pode ser usado como auxiliar no tratamento da parada cardíaca e hipotensão profunda.

Ação: Neurotransmissor com atividade simpaticomimética, de ação rápida, com pronunciados efeitos sobre os receptores alfa-adrenérgicos e menos pronunciados sobre os receptores beta-adrenérgicos. Assim, o seu mais importante efeito dá-se na elevação da pressão sanguínea, que é um resultado de seus efeitos alfa-estimulantes, que causam vasoconstrição, com redução do fluxo sanguíneo nos rins, fígado, pele e, frequentemente, musculatura esquelética.

Dose: Diluição em soro fisiológico ou glicosado 5%;

 

Diluir 4 ampolas em 234 mL de solução (64 µg/mL - 1 µg/min ~ 1 mL/h);

 

Dose de infusão de 0.01 -3.0 µg/kg/min. Iniciar com 0.1 mcg/kg/min (5-10 mL/h), ajustando a dose a cada 5 min conforme demanda;

 

Deve ser infundida em acesso central pelo alto risco de necrose de pele e derme em caso de extravasamento.

Efeito colateral:  Produz necroses no lugar de injeção pela constrição geral e prolongada.

A constrição pode reduzir a irrigação dos órgãos e levá-los à falência

 


Traqueostomia (TQT)


 

É um procedimento cirúrgico onde ocorre a abertura da parede anterior da traquéia, fazendo comunicação da mesma com o meio externo. Este procedimento é indicado quando se tem acúmulo de secreção traqueal, inativação da musculatura respiratória  ou para promover uma via aérea estável em pacientes com intubação traqueal prolongada.

A traqueostomia é indicada em casos onde se é necessário a desobstrução das vias respiratórias, após parada cardíaca, pacientes com tumor de laringe, fraturas na face muito violentas, insuficiência respiratória, insuficiência respiratória grave, etc. Pode ser permanente ou temporária dependendo de cada caso.

Os materiais utilizados na  no procedimento de realização da traqueostomia são:

 

·         Cânulas descartáveis com ou sem cuff; fenestrada; aramada;

·         Cânulas não descartáveis de aço inoxidável, metálicas;

·         Cadarço ou fixador próprio para traqueostomia;

·         Seringa de 20 ml;

·         Seringa de 10 ml e 5 ml;

·          Agulhas descartáveis 30x8 e 13x4;

·         Luvas estéreis;

·          Máscaras;

·         Gorro;

·         Capote estéril;

·          Campo estéril;

·         Bandeja de traqueostomia;

·          Xilocaína ampola;

·         Fio de nylon 3,0;

·         Sondas de aspiração ou frasco coletor rígido para aspiração traqueal;

·          Ambú conectado à fonte de oxigênio;

·          Foco

A equipe de suporte para a realização do procedimento deverá constar de 1 médico auxiliar, 1 enfermeiro e 1 técnico de Enfermagem. Vale lembrar que a  troca da cânula deverá ser realizada pelo enfermeiro ou médico, 5 dias após a instalação.

 O enfermeiro deve:

·         Reunir o material para o procedimento;

·         Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado;

·         Posicionar-se para a realização do procedimento;

·         Testar o balonete da cânula selecionada;

·         Auxiliar o médico durante o procedimento;

·         Fixar cânula;

·         Realizar aspiração traqueal;

·         Proceder aos registros de enfermagem.

·         A aspiração traqueal deve ser realizada sempre antes da manipulação da cânula;

·         No caso do uso de cânula metálica, a subcânula deverá ser limpa diariamente, utilizando técnica estéril, com água oxigenada, para remoção de crostas, soro fisiológico 0,9%, terminando com fricção com álcool a 70%, por 3 vezes.


Referência Bibliográgica:

KNOBEL, Elias. Terapia Intensiva, enfermagem. São Paulo: Editora Altheneu, 2006.


sábado, 6 de junho de 2020

Intubação Endotraqueal




A Intubação Endotraqueal é caracterizada pela necessidade de introdução de um tubo pela boca ou nariz, nas vias aéreas para manter a ventilação em curso no caso de impossibilidade do indivíduo fazê-la espontaneamente. São procedimentos que podem apresentar várias complicações como: Laringoespasmo, laceração, aspiração, intubação endobrônquica ou esofágica, perfuração da Orofaringe, da traquéia ou esôfago, dentre outras que requerem intervenção para manutenção da Vida (IRWIN e RIPPE, 2007).

É realizada em situações de emergência como no edema de glote ou eletivamente, como nas cirurgias que se necessitam de anestesia geral, insuficiência respiratória aguda ou ventilação inadequadas e proteção das vias aéreas em um paciente com depressão do nível de consciência.

Em suma ela é realizada a fim de se desobstruir as vias aéreas do paciente, quando este possui dificuldades respiratórias que não podem ser tratadas por meios simples. É um procedimento que é realizado pelo médico, ao enfermeiro compete o procedimento de intubação endotraqueal somente em situações emergenciais, com risco iminente de morte do paciente, ausência de profissional que detém a questão privativa da ação, respeitada a competência e habilidade do profissional enfermeiro, este tem amparado pelo Código de Ética em seu artigo 33 para realização do procedimento.

Os materiais a serem utilizados são:

  • ·         Cânulas endotraqueais, existem diversas numerações que precisam estar em mãos e perguntar ao médico qual a mais propícia para o procedimento;
  • ·         Cânula orofaríngea (guedel);
  • ·         Intermediário de silicone;
  • ·         Fonte de vácuo;
  • ·         Fonte de oxigênio;
  • ·         Frasco de aspiração (vidro coletor);
  • ·         Extensor ou intermediário de aspiração;
  • ·         Umidificador O2;
  • ·         Ventilador mecânico, circuito e filtro;
  • ·         Conjunto de laringoscópio;
  • ·         Luvas de procedimento; 1 de 3
  • ·         Seringa;
  • ·         Mandril ou fio guia;
  • ·         Xylocaína em gel;
  • ·         Óculos de proteção;
  • ·         Máscara descartável;
  • ·         Cadarço;
  • ·         Ambu;
  • ·         Sonda de aspiração;
  • ·         Soro fisiológico 0,9% de 10 ml;
  • ·         Gase;

Etapas do procedimento


  • ·         Higienizar as mãos.
  • ·         Preparar material e ambiente.
  • ·         Paramentar-se adequadamente.
  • ·         Explicar ao paciente/família os benefícios e objetivos do procedimento.
  • ·         Testar o ambú e fonte de oxigênio.
  • ·         Montar, testar e calibrar o ventilador mecânico e colocá-lo em modo de espera.
  • ·         Testar a rede de vácuo e deixar sistema de aspiração para pronto uso.
  • ·         Assegurar ausência de próteses dentárias no paciente.
  • ·         Testar o laringoscópio (luz).
  • ·         Testar o balonete do tubo oro endotraqueal com a seringa e assegurar sua integridade.
  • ·         Lubrificar a ponta do balonete do tubo com xylocaína gel.
  • ·         Posicionar o paciente em decúbito dorsal, cabeceira 0º, sem travesseiros.
  • ·         Manter assepsia durante todo o procedimento.
  • ·         Administrar os medicamentos solicitados pelo médico.
  • ·         Realizar a pré-oxigenação do paciente. Utilizar o guedel se necessário.
  • ·         Realizar extensão leve da cabeça.
  • ·         Colocar o fio guia no lúmen do tubo oro endotraqueal.
  • ·         Aguardar o médico realizar a laringoscopia: utilizar a lâmina do laringoscópio penetrando pelo lado direito da boca (lâmina curva (valécula) ou lâmina reta levantar epiglote). Rechaçar a língua para a esquerda e para cima no campo do médico. Realizar o tracionamento ântero-superior do laringoscópio.
  • ·         Apresentar o tubo para o médico. Realizar a tração da comissura labial direitarealizar a pressão do cricóide se necessário.
  • ·         Após a intubação imediatamente insuflar o balonete.
  • ·         Conectar o ambú e aguardar o médico realizar as confirmações (cinco pontos: epigástrico, bases e lóbus superiores; expansão torácica).
  • ·         Fixar o tubo com cadarço.
  • ·         Conectar o ventilador mecânico.
  • ·         Verificar sinais vitais, oximetria de pulso e pressão do cuff.
  • ·         Caso haja insucesso na tentativa de intubação, retornar para a pré-oxigenação.
  • ·         Recolher o material.
  • ·         Higienizar as mãos.
  • ·         Providenciar radiografia de tórax.
  • ·         Anotar o procedimento realizado registrando intercorrências. 

Cuidados de enfermagem

  • Higienizar as mãos;
  • Preparar material e ambiente:
  • Usar EPI;
  • Explicar ao paciente/ familiares o procedimento a ser realizado;
  • Testar ambu e fonte de oxigênio;
  • Montar, testar e calibrar o ventilador mecânico colocando-o em modo de espera;
  • Testar rede de vácuo;
  • Testar laringoscópio;
  • Testar balonete do tubo orotraqueal fazendo uso de seringa a fim de assegurar sua integridade;
  • Lubrificar a ponta do balonete do tubo com xylocaína em gel;
  • Posicionar paciente em decúbito dorsal, sem travesseiros e cabeceira 0º;
  • Retirar próteses dentárias, e se necessário realizar aspiração de secreções na cavidade nasale oral;
  • Realizar oxigenação a fim de prevenir hipoxemia antes da intubação, a oxigenação adequada com ambu deve ser mantida até a obtenção de uma via aérea artificial;
  • Administrar medicação solicitada pelo médico;
  • Verificar grau de sedação através da escala de Ramsay e da escala e RASS para agitação e sedação;
  • Colocar fio guia no lúmen do tubo endotraqueal;
  • Realizar extenção leve da cabeça;
  • Aplicar pressão na cartilagem cricóide, se solicitado;
  • Após inserido e posicionado o tubo endotraqueal, confirmar local e oxigenar o paciente com 100% de O2.
  • Observar o padrão respiratório do paciente constantemente;
  • Após a intubação inflar imediatamente o balonete;
  • Conectar o ambu  e esperar o médico realizar as confirmações (cinco pontos: epigástrico,  bases e lóbus superiores; expansão torácica);
  • Fixar o tubo com cadarço;
  • Conectar ventilador mecânico;
  • Verificar sinais vitais, oximetria de pulso e pressão do cuff;
  • Recolher material;
  • Providenciar radiografia de tórax;
  • Manter cabeceira elevada de 30ºa 45º a fim de se evitar bronco aspiração e pneumonia associada a ventilação mecânica;
  • Anotar procedimento realizado.





Fonte:

https://www.portalenf.com/2016/10/entubacao-endotraqueal-os-cuidados-enfermagem/

https://enfermagemilustrada.com/o-que-e-uma-intubacao-endotraqueal/

http://www.hu.ufsc.br/pops/pop-externo/download?id=291

https://enfermagemflorence.com.br/quais-sao-os-cuidados-de-enfermageintubadom-com-paciente-/

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quinta-feira, 4 de junho de 2020

ROTINA DE ADMISSÃO


Objetivo:

·         Promover a assistência ao cliente atendo suas necessidades fisiológicas.

 

Competência:

·         Compete ao enfermeiro treinar e supervisionar a execução da rotina;

·         Compete ao profissional de enfermagem executar a rotina;

 

Material:

·         Box devidamente montado;

 

Procedimento:

·         Lavar as mãos;

·         Calçar as luvas;

·         Colocar cliente no leito, observando estado geral e necessidade de condutas imediatas;

·         Aferir dados vitais com TAX, FC, FR;

·         Promover conforto ao cliente deixando o ambiente tranqüilo e organizado;

·         Lavar as mãos;

·         Realizar anotações de enfermagem;

·         Executar ordens médicas e de enfermagem.

 

Obs: Ao entrar em contato com pais ou responsáveis, registrar no prontuário hábitos da criança, tais como: alimentação, sono, evacuações, habilidades verbal e motora, alergia, medicamentos utilizados. Proceder ao exame físico céfalo- caudal do cliente, atentando para lesões, cicatrizes, feridas, sondas, curativo, acesso venoso, medicações utilizadas.


Indicação: Parada cardíaca, FV/TV sem pulso, AESP, assistolia. Pode ser utilizada em infusão contínua como suporte hemodinâmico. Bradicard...